quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Gracias, México!




A Seleção Brasileira jogou muito melhor na derrota por 1 a 0 para o México no primeiro tempo do que nos 90 minutos da vitória por 1 a 0 contra a Costa Rica.
Não que isso signifique muito, mas já é alguma coisa porque se em San José da Costa Rica a Seleção tirou, no máximo, uma nota 4, em Torreón foi para o intervalo com um 5,5.
A Seleção tomou um gol acidental, contra, de David Luiz aos 9 minutos e tomou conta da bola, com Hulk se destacando até ao dar de calcanhar para Neymar empatar e o menino santista desperdiçar surpreendentemente da marca do pênalti, aos 17.
Mas, também, foi a única oportunidade de gol criada pelo time amarelo.
Aliás, o melhor do jogo era o gramado mexicano.
No fim do primeiro tempo, com a bola nas mãos de Jefferson, Daniel Alves cometeu um pênalti burro e foi punido exageradamente com o segundo cartão amarelo, deixando a Seleção com 10.
Se o árbitro puniu a burrice, tudo bem, mas perigo de gol não havia.
Como não houve gol, porque Jefferson se adiantou e defendeu a cobrança de Guardado.
Mano Menezes tirou Lucas, apagado, e pôs Adriano para jogar na lateral de Daniel Alves.
Onze contra 10, os mexicanos voltaram mais agressivos, para confirmar a quarta vitória sobre os brasileiros em oito jogos neste século 21, duas derrotas e dois empates.
Aos 29, com o time brasileiro à beira de um ataque de nervos com a arbitragem, Chicharito Hernandez cabeceou à queima-roupa para ver um milagre de Jefferson.
Sem nem sequer ameaçar o gol mexicano, o time brasileiro cavava faltas se aproveitando da fragilidade do apitador.
E foi assim que, aos 33, Ronaldinho Gaúcho bateu falta cavada por Neymar para empatar o jogo.
Então, estranhamente, Hulk, o segundo melhor brasileiro em campo, saiu para entrar Jonas.
E, mais estranhamente ainda, pela passividade mexicana, o melhor brasileiro em campo, o lateral-esquerdo Marcelo, fez uma jogadaça pela esquerda combinada com Neymar e soltou uma bomba para estufar a rede mexicana.
A virada, com um a menos, empatava a estatística dos jogos neste século, três vitórias para cada lado.
Se o primeiro tempo mereceu nota 5,5 para os comandados de Mano Menezes, dá para aumentar um ponto no segundo, um 6,5 que permite dar 6,0 ao conjunto da obra, com destaque para Jefferson, duas defesas decisivas, Marcelo e Hulk.
Neymar, discreto, deu lugar a Elias aos 43, para tentar garantir o ótimo resultado.
E Hernanes entrou no lugar de Ronaldinho, para ganhar tempo, aos 48.
Com todo inegável progresso do futebol mexicano, desta vez o time nem jogou como nunca, apenas perdeu como sempre, ou, para ser justo, como, tradicionalmente, quase sempre.
O que, somado à surpreendente derrota da Argentina para a Venezuela por 1 a 0, nas Eliminatórias Sul-Americanas, permitirá aos imbecis ufanistas festejar a noite de 11 de outubro como histórica.

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