quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Feriado na Copa para "maquiar" problemas de mobilidade urbana



Já que as obras relativas à mobilidade do público que acompanhará a Copa do Mundo de 2014 não ficarão prontas, decreta-se feriado e resolve-se o problema. Ao que parece é essa a opinião da ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. Na tarde desta segunda-feira (19), em São Paulo, a ministra afirmou que as obras de melhoramento da condição de mobilidade urbana nas cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo não são “essenciais para os jogos”. Estão atrasadas e muitas não ficarão prontas no prazo estimado.

Com o discurso de que essas obras serão um legado à população e não obrigatórias para a realização da Copa, Belchior subestima a inteligência alheia. “Vai ser feriado nos dias de jogos, feriado em São Paulo no dia do jogo não tem trânsito”, disparou. Será que alguém ira cair nessa?

A declaração foi feita após a divulgação do projeto da Lei Geral da Copa, que determinaria que “a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que sediarão os Eventos poderão declarar feriados os dias de sua ocorrência em seu território”, cita o 41º dos 46 artigos publicados pela Casa Civil.

O deputado federal e ex-jogador Romário (PSB-RJ) criticou nesta terça-feira (20) a autorização para que se decrete feriados em dias de jogos da Copa de 2014 no Brasil, como consta no projeto que cria a Lei Geral da Copa, enviado ao Congresso nessa Segunda.

"O feriado é péssimo. Volto a falar, o feriado pode vir a ser um motivo – como algumas obras não vão ser terminadas como devem ser – feriado vai maquiar um pouco a falta dessas obras que terão de ser feitas 100% e maquiar problemas que vamos ter durante a Copa do Mundo. Alguns, não, muitos", afirmou o deputado.

Atitudes como essa que nos dão certeza de que o Brasil ira fazer uma Copa “para inglês ver”. O engraçado é que, em todo discurso de quem está envolvido na Copa, sempre aparece a palavra “legado”. Irônico, não?

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