Em mais um importante arroubo de sensibilidade, digno de um paquiderme devidamente acomodado numa roda gigante, o Circo Brasileiro de Futebol perderá boa chance de dar um pouco de brilho à amarelinha desbotada.
Se houvesse um mínimo de respeito à gloriosa memória do esporte bretão nacional, pelo menos três jogadores deveriam figurar entre os manos do Mano na convocação para os jogos contra a Argentina.
Pentacampeões mundiais em 2002 e em final de carreira, Rivaldo, Marcos e Rogério Ceni poderiam muito bem ser homenageados nos caça-níqueis rotulados de ‘Superclássicos das Américas’.
O meia e os goleiros ficariam extremamente felizes se o rei da bola, o carismático Ricardo Teixeira, deixasse um pouco de lado o já abarrotado cofre do Circo Brasileiro de Futebol e preparasse uma grande festa de despedida.
Independentemente da paixão, a torcida também explodiria de alegria se Rivaldo, Marcos e Rogério Ceni pudessem defender a seleção pela última vez.
Se o fofo Ronaldo e o pitbull Romário foram reverenciados, o mesmo deveria acontecer com o trio parada dura, com mais de 38 anos cada um, já que as partidas contra os hermanos não passam de um ‘me-engana-que-eu-gosto’.
(Pouco antes do adeus do Fenômeno no Pacaembu, Rivaldo declarou que não teria o mesmo privilégio por não ser carioca).
A lista do Mano dos manos é uma boa prova de que o futuro das chuteiras brasileiras não depende do que acontecerá em Córdoba e Belém.
O argumento do treinador de que chamou vários jovens para preparar o terreno à Olimpíada-2012 é elogiável, mas somente até a página dois. E olhe lá.
Não dá para engolir o rubro-negro Renato Abreu, nascido há 10 mil anos atrás. E muito menos Kleber, Réver, Henrique, Cícero, Fred ‘Slater’...
Nenhum comentário:
Postar um comentário