quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lesões de Ganso e Valdívia mostram: seleções são nocivas aos clubes

Com dores na coxa esquerda, Paulo Henrique Ganso deixou o gramado com 9 minutos de bola rolando no amistoso Brasil x Gana, em Londres. A contusão, mais uma do meia, inviabilizou a experiência que Mano Menezes pretendia fazer, reunindo o santista a Neymar, Leandro Damião e Ronaldinho Gaúcho. E criou um novo problema para quem mensalmente paga os salários do atleta.

Independentemente das ótimas relações que a presidência do Santos mantém com a CBF, é óbvio que ninguém na Vila Belmiro teve motivos para sorrir diante da TV quando Ganso cedeu lugar a Elias. Os dirigentes dificilmente reclamarão, afinal, há uma questão política nisso tudo e a Confederação é "boa amiga". O torcedor, esse sim, pode manifestar sua ira diante dessa situação.

Jogos como este entre a seleção cebeefiana e o Gana servem para pouco, além de proporcionar aos envolvidos mais uma robusta quota. É a manutenção de uma máquina, a engrenagem tem que seguir rodando. É um negócio alimentado pela quantidade industrial de "datas Fifa" a reunir seleções em jogos sem nexo e a desfalcar clubes. Eventualmente contundindo jogadores.

Na Copa América Sandro se machucou e o Tottenham recebeu seu volante sem a mínima condição de jogo. O ex-jogador do Internacional não pôde fazer a pré-temporada como seria ideal e desfalca os Spurs nesse início de campeonato inglês. Em 2009 Kleberson, então no Flamengo, também se machucou servindo à seleção. Há quem acredite que foi à Copa por isso. Pode ser.

E há mais casos, das mais diversas nacionalidades. Valdívia é outro, que volta machucado após defender a seleção do Chile e vai desfalcar o Palmeiras por 30 dias. E trata-se do mais caro investimento alviverde no atual elenco. Até quando os clubes irão tolerar isso?

Nenhum comentário:

Postar um comentário